Inteligência e Aprendizagem



Para a psicologia, a aprendizagem é um processo a ser investigado. Existe um grande número de teorias da aprendizagem, resumida em duas categorias, as do condicionamento e as cognitivas. As do primeiro grupo trabalham a relação de estímulo – resposta como, por exemplo, o Behaviorismo. As cognitivas relacionam a interação do sujeito com o meio externo, possuindo conseqüências no plano de organização interna do conhecimento. 



Existem três controvérsias entre estas concepções. A primeira encontrada no que é aprendido, e como. Para os teóricos de condicionamento, aprendemos pela relação de estímulo-resposta, praticando. Para os cognitivos, aprendemos abstraindo de nossa experiência, a relação de idéias. A segunda controvérsia é sobre a questão do que mantém o comportamento que foi aprendido. Segundo o condicionamento, o comportamento é mantido pelo sequenciamento de respostas. Para os cognitivos, o que mantém o comportamento são os processos cerebrais centrais, como atenção e memória. A terceira é sobre a transferência de aprendizagem, como solucionamos uma nova situação-problema. Os teóricos do condicionamento dizem que isso é feito evocando hábitos passados apropriados para o novo problema e o respondemos; enquanto os cognitivos acreditam que a forma de apresentar o problema permite a formação de uma estrutura perceptual que leva ao insight (compreensão interna das relações essenciais do caso em questão). 

A teoria cognitivista da aprendizagem foi desenvolvida por David Ausubel. A cognição é o processo que origina um mundo de significados, através da situação do ser no mundo, que começa a estabelecer relações com essas significações. A partir do momento em que as informações são organizadas e ocorre a integração do material à estrutura cognitiva, temos a aprendizagem. Os cognitivistas dividem essa aprendizagem em mecânica (aprendizagem de novas informações com pouca ou nenhuma associação com conceitos já existentes na estrutura cognitiva) e significativa (novo conteúdo relaciona-se com conceitos relevantes, claros e disponíveis na estrutura cognitiva, sendo assim assimilados por ela). 

Os pontos de ancoragem para a aprendizagem são formados com a incorporação à estrutura cognitiva de elementos relevantes para se adquirir novos conhecimentos, e com a organização destes elementos. De forma progressiva estes elementos vão se generalizando em conceitos. 

Jerome Bruner concebe aprendizagem como “captar as relações entre os fatos”, conquistando assim novas informações que podem ser transformadas e transferidas para novas situações. A partir disto, ele criou sua teoria sobre o ensino. Para ele, o ensino envolve a organização da matéria de maneira significativa e eficiente para o aprendiz. Dessa forma, quem ensina não deve se preocupar apenas com a extensão da matéria, mas também com sua estrutura. A estrutura da matéria é a natureza geral do fenômeno, as idéias mais gerais, elementares e essenciais desta matéria. 

Bruner sugere a utilização do método de descoberta como método básico do trabalho educacional, o ensino deve ser voltado para a compreensão. A criança poderá aprender qualquer coisa se a linguagem utilizada pelo professor para ensinar a matéria for compatível com os conhecimentos da criança, onde o professor deverá executar um trabalho de tradução, da linguagem científica, para a linguagem da criança; assim esta assimilará o conteúdo. 

À motivação se atribui tanto a facilidade quanto a dificuldade de se aprender. O estudo da motivação considera os três tipos de variáveis: 

1. Ambiente; 

2. Forças internas ao indivíduo (necessidade, desejo, vontade, interesse, impulso, instinto); 

3. Objeto, que atrai o indivíduo por ser fonte de satisfação da força interna que o mobiliza. 

Motivação é o processo que mobiliza o organismo para a ação. Relaciona necessidade, ambiente e objeto, predispondo o organismo para a ação em busca da satisfação da necessidade. Está presente como processo em todos os momentos de nossa vida (trabalho, lazer, escola). 

Para a eficiência da dedicação do aluno ao aprendizado, deve-se criar a motivação, para que, dessa forma, consiga atingir o aluno à sua predisposição em aprender.

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