Subjetividade nos Meios de Comunicação de Massa e Violência

É evidente a importância crescente que os meios de comunicação de massa vêm tendo. Nesse caso específico, os profissionais da comunicação, como o publicitário e o jornalista, mais do que utilizar a psicologia como forma de resolução de problemas cotidianos, incorpora estes conhecimentos em suas competências profissionais.
Neste caso específico de psicologia levada aos meios de comunicação de massa, devemos nos atentar muito ao contexto da ética, para saber até que ponto se deve trabalhar idéias e sensações que envolvem a subjetividade.
A Publicidade utiliza esta subjetividade de uma forma que o espectador se projete na peça, reconhecendo-se e assemelhando o contexto e, desta forma, através desta criação de relacionamento, captura o cliente.

Um mecanismo muito utilizado pelos profissionais de comunicação nesta dinâmica do convencimento é a persuasão. Uma forma de convencimento que ultrapassa as barreiras racionais, chegando a um limiar quase que inconsciente de recepção e implementação da mensagem. Através destes métodos irracionais (emotivos) passa-se uma mensagem com informações, ou seja, de cunho cognitivo. Por exemplo, na publicidade, isso envolve a adequada construção do que os publicitários denominam de “Processo Gerativo de Sentido”, que vai do estágio Fundamental (idéias, valores, conceitos), contextualizando os elementos no Narrativo, atingindo o Discursivo, que é a forma que o espectador fará a leitura e interpretação de sua mensagem. Neste processo gerativo entram, estrategicamente os elementos de persuasão e da linguagem da sedução, que podem estar implícitos, subliminarmente contidos na mensagem apresentada, em sua construção lingüística.

Por fim, existe um outro tipo de propaganda, a ideológica, que trabalha com conteúdos ideacionais, com crenças que procuram alterar o campo cognitivo das pessoas.

Já que estamos tratando das linguagens e das formas, é importante, também, ressaltar a linguagem cinematográfica, conhecida como linguagem da imagem, da expressão iconográfica, da qual deriva um caráter subjetivo muito forte.

O ser humano é agressivo, mas, aqui definimos a agressividade, não como a análise exclusiva de suas manifestações, mas no sentido amplo de agressividade, como própria energia de vida. A violência já se torna o uso desejado dessa agressividade, para fins destrutivos voluntário, racional e consciente (intencional e premeditado), ou involuntário, irracional e inconsciente.
A agressividade não é o único fator que explica a violência, existem outros como, por exemplo, o estilo de vida da pessoa.

A violência invadiu todas as áreas da vida de relação do indivíduo. Nas famílias, inclusive, o aumento dos casos de violência instiga os pesquisadores. Apesar da mudança na dinâmica familiar, ainda encontramos elementos conservadores. Na escola, a maior violência exercida pela escola é quando usa de seu poder sobre crianças e jovens, impedindo-os de pensar, tornando-se meros reprodutores de conhecimento. A violência nas ruas afeta, principalmente, os grandes centros urbanos. A rua torna-se o espaço da insegurança, do medo, da violência pelo “bandido”, pela polícia e, mesmo, pelo cidadão comum.

O uso das drogas agrava muito a situação de violência, não apenas por todos os fatores contextuais da ilegalidade e do tráfico, mas também por elas serem responsáveis por um processo de auto-destruição do indivíduo, que o faz agir fora de sua racionalidade. Sobre criminalidade, é importante conhecer e distinguir três aspectos ligados a isso: o transgressor, o infrator e o delinqüente e, claro, sobre os termos “projeto de morte e projeto de vida”.

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