O Behaviorismo (derivado de behavior, que significa “comportamento”, termo inaugurado pelo americano John B. Watson) foi importante para que a Psicologia alcançasse o status de ciência. Abordando a psicologia de forma mais objetiva, Watson defendia uma perspectiva funcionalista para a Psicologia, isto é, o comportamento deveria ser estudado como função de certas variáveis do meio.
Atualmente, o termo comportamento refere-se como uma interação entre aquilo que o sujeito faz e o ambiente onde o seu “fazer” acontece, e não mais como a ação isolada de um sujeito.
Trabalha com os termos “resposta” e “estímulo”, estudando interações entre as ações do indivíduo (suas respostas) e o ambiente (as estimulações).
Skinner é o responsável pelo Behaviorismo radical, que tem como base a formulação do comportamento operante. A seguir veremos a definição dos dois tipos de comportamentos existentes:
O comportamento reflexo ou respondente é o que usualmente chamamos de “não-voluntário” e inclui as respostas que são eliciadas (“produzidas”) por estímulos antecedentes do ambiente.
O comportamento operante abrange um leque amplo da atividade humana — dos comportamentos do bebê de balbuciar, de agarrar objetos e de olhar os enfeites do berço aos mais sofisticados, apresentados pelo adulto. Este comportamento operante pode ser representado da seguinte maneira: R —► S, em que R é a resposta e S (do inglês stimuli) o estímulo reforçador, que tanto interessa ao organismo; a flecha significa “levar a”. Esse estímulo reforçador é chamado de reforço.
Nessa interação, chama-se de relação fundamental à relação entre a ação do indivíduo (a emissão da resposta) e as conseqüências.
Chamamos de reforço a toda conseqüência que, seguindo uma resposta, altera a probabilidade futura de ocorrência dessa resposta. Pode ser positivo (aumenta a probabilidade futura da resposta que o produz, oferece alguma coisa ao organismo), ou negativo (aumenta a probabilidade futura da resposta que o remove ou atenua, permite a retirada de algo indesejável).
A esquiva é um processo no qual os estímulos aversivos condicionados e incondicionados estão separados por um intervalo de tempo apreciável, permitindo que o indivíduo execute um comportamento que previna a ocorrência ou reduza a magnitude do segundo estímulo. Já no caso da fuga, o comportamento reforçado é aquele que termina com um estímulo aversivo já em andamento.
A extinção é um procedimento no qual uma resposta deixa abruptamente de ser reforçada. Como conseqüência, a resposta diminuirá de freqüência e até mesmo poderá deixar de ser emitida.
A punição é outro procedimento importante que envolve a conseqüenciação de uma resposta quando há apresentação de um estímulo aversivo ou remoção de um reforçador positivo presente. Punir ações leva à supressão temporária da resposta sem, contudo, alterar a motivação.
Quando a freqüência ou a forma da resposta é diferente sob estímulos diferentes, diz-se que o comportamento está sob o controle de estímulos.
Diz-se que se desenvolveu uma discriminação de estímulos quando uma resposta se mantém na presença de um estímulo, mas sofre certo grau de extinção na presença de outro. Isto é, um estímulo adquire a possibilidade de ser conhecido como discriminativo da situação reforçadora.
Na generalização de estímulos, um estímulo adquire controle sobre uma resposta devido ao reforço na presença de um estímulo similar, mas diferente. Uma área de aplicação dos conceitos apresentados tem sido a Educação, entretanto, outras áreas também têm recebido a contribuição das técnicas e conceitos desenvolvidos pelo Behaviorismo, como a de treinamento de empresas, a clínica psicológica, o trabalho educativo de crianças excepcionais, a publicidade e outras mais.
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